segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Devaneio

Linhas mortas se descrevem
Num arco-íris de cores
Só de olhar eles percebem
Se tu colheste belas flores

Linhas mortas que descrevem
A feição oculta de um ser
Eles chegam perto e medem
Os traços que constituem você

Linhas mortas desenhadas
Pela mão do mais nobre deus
Linhas tortas, emaranhadas
Nos cabelos que são teus

Linhas mortas, imperfeitas
Delicadas na afeição
Linhas mortas, tão perfeitas
Preenchendo o coração

Linhas mortas, agora escritas
Descrevendo outro poema
Pensamento de tantas vidas
Juntas num só dilema

Linhas mortas deitam no papel
Quando estou sozinha, sem você
Quando deixei dos teus lábios doce mel
Linhas mortas vieram me escrever

Nenhum comentário:

Postar um comentário