Sentada num banco
no meio da praça
Um pássaro branco
demonstra sua graça
O sol da tarde de inverno
deixa todo o cenário alaranjado
O pássaro chega tão perto
e tão docemente ouço seu canto delicado
Tiro do bolso uma folha
Com um pedaço de carvão começo a desenhá-lo
Fora triste a minha escolha
Já que ele voou antes que eu pudesse terminá-lo
Num princípio de desenho
e ao som da água que cai lentamente
Sonho com o mundo que não tenho
e com o canto do pássaro contente
São só folhas amareladas
que não existem nas árvores do inverno
São só folhas alaranjadas
pelo reflexo do sol do inverno
Folhas com versos
que deitam num banco
A água tão perto
de um pássaro branco
Por um momento eu lembrei dos Devaneios de um Caminhante Solitário, do Rousseau...
ResponderExcluirRegina