quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Metrô

Trens que andam em túneis
Túneis que são mágicos
E que duram
Através deles se vê a noite
Nos trilhos escuros
E nas luzes estelares
Que guiam o condutor
Através deles se encontra a solidão
Nos corredores ocultos
Que gritam o som dos mares
E conversam com pudor
Portas de acesso
Que se abrem automaticamente
Pessoas vêm e vão
Escadas de acesso
Que andam sozinhas
Sobem e descem num minuto
Levam e trazem
Pessoas que conheço e que escuto
Ah, o metrô!
Lugar de poesias
Feitas e que estão por vir
Lugar para esperar
Lugar para se rir
Marcar encontros
Acidentes e desencontros
Conversar com os amigos
Enfrentar a multidão
Se afastar do mundo e ficar sozinho
E sentir aquela incrível
Indescritível sensação
Lugar dos primeiros beijos
De novos conhecimentos e de abraços
Lugar dos últimos beijos
De vagos momentos, os pedaços
Trens que andam em túneis
E escondem um segredo oculto na escuridão
Como eu queria que fossem infinitos esses túneis
Mas já chegou a minha estação

2 comentários:

  1. Há sempre a possibilidades de novas viagens.
    Mas o túnel não pode continuar pra sempre.
    Tenho 2 textos que falam sobre o metrô. Green Way e um com nome em alemão [só pra ficar mais importante ^^]

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  2. Muitas linhas se cruzam, como as da palma de nossas mãos. Lugar de encontros e DESENCONTROS...

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